
A Tecelã
Gabriela Waihrich
São Joaquim da Barra/SP,1980.
Vive e trabalha em Brasília/DF, Brasil.
Gabriela Waihrich nasceu em 1980, em São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo. Saiu do interior aos três anos de idade e, desde então, vive e trabalha em Brasília – Distrito Federal. Psicóloga de formação, entrou no universo das Artes em 2012: a chegada de sua primeira filha Vitória, foi também a abertura para um novo universo de investigação. Criar o enfeite da porta da maternidade e as peças do enxoval de Vitória, despertou o encantamento pelo toque dos tecidos, as texturas, os fios, as cores e combinações. Em 2015 foi a vez de Sofia, segunda filha, receber o seu enfeite, já com o repertório ampliado pela investigação de sua principal matéria prima, o tecido.
Em 2018, foi fazer formação em Design de Interiores, onde se apaixonou pela História da Arte, pelos desenhos, pelo estudo das cores e onde surgiu o desejo de começar a criar, de fato, uma arte, de trabalhar com a Arte.
Em 2019, começou a “brincar” com diversos tipos de materiais, como a pintura em cerâmica, o desenho em papel, a pintura em tela, até encontrar os fios, ficando completamente envolvida e encantada. Com os fios, conheceu o Macramé, o bordado em papel, a fibra embalada e eis que conheceu o tear moldura. Nossa! Que lindo! A tecitura em tear moldura é ao mesmo tempo ancestral e contemporâneo. Foi amor ao primeiro tecer!
No início de 2022, foi se especializar na arte de tecer, se aprofundando na técnica com a artista têxtil portuguesa Diana Meneses Cunha, da Oficina166.
Atualmente, sua produção artística abrange seu conhecimento sobre a subjetividade humana e suas observações da natureza, criando peças únicas e contemporâneas utilizando técnicas ancestrais como a tapeçaria em tear moldura, o bordado, o macramé e a fibra embalada. Cada peça tecida é única e tem a sua própria história. No seu trabalho utiliza lã de ovelha, fios de algodão, fios reciclados, fios sintéticos, fitas de cetim, palha, juta e plantas secas nativas do cerrado.
No final de 2022, criou a sua marca CordelAmarelo .



O nome Cordel Amarelo surgiu da junção de dois universos: “Cordel” relacionado às ideias de “corda, barbante, fio, ancestral, antigo, tradição, interior de São Paulo, fazer manual, reunião familiar e adornar a casa” e, “Amarelo” relacionado às ideias de “novo, moderno, arrojado, orgânico, curvas, traço estético, inovação, as cores amarelas das flores do Ypê e o Modernismo”. Cordel Amarelo é a junção da subjetividade e das lembranças dos lugares onde a artista nasceu, passou a infância e posteriormente onde se tornou adulta.
